terça-feira, 30 de junho de 2009

regresso ou partida?



«A CORDA AINDA PRENDE O PÉ, MAS EU JÁ FUGI DAQUI TANTAS VEZES QUE NÃO SEI SE VOU VOLTAR. NÃO TIREI FOTOGRAFIAS PORQUE QUERO LEMBRAR QUE AINDA É CEDO OU MUITO TARDE PARA ME VIRES BUSCAR.»

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Desabafo


"Espero por ti porque acho que podes ser o homem da minha vida. E espero por ti, porque sei esperar, porque nos genes ou na aprendizagem da sabedoria mais íntima e preciosa, há uma voz firme e incessante que me pede para esperar por ti. E eu gosto de ouvir essa voz a embalar-me de noite antes de, tantas e tantas vezes, te encontrar nos meus sonhos, e a acalentar-me de manhã, quando um novo dia chega e me faz pensar o quão longa e inglória pode ser a minha espera."




(Margarida Rebelo Pinto - Diário da tua ausência)

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Escolha


"Todos os princípios que nos tirem do campo seguro das certezas e nos levem pela mão pelo caminho instável, parecem-me mais sedutores.

Sempre preferi bosques com amoras silvestres a pomares ordenados à régua”

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Não achas?


"Sempre acreditei que andar de mãos dadas é um dos gestos mais íntimos que pode existir entre um homem e uma mulher... (...) ...Caminhar ao lado de alguém de mãos dadas é das melhores sensações do mundo, não achas? "

(Margarida Rebelo Pinto - Diário da tua ausência)


Porque nunca caminhamos lado a lado de mãos dadas?

domingo, 24 de maio de 2009

Tenho fases, como a lua


Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha
Fases que vão e que vêm,

no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolias

eu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
Cecília Meireles

terça-feira, 21 de abril de 2009

Mundos inacabados


Não sei se foi da mágoa do passado ou a esperança do futuro. Não sei quanto de mim ainda te pertence. Sei que há uma parte de mim que ainda espera por ti. Não sei se foste tu ou se fui eu. Não acreditas-te, escolheste o caminho mais fácil. Pergunto-me porquê, mas não obtenho uma resposta. Não sei se foi da página que escrevemos ou daquela que ficou por escrever. Partiste (–me) e nem disseste adeus.

Mundos inacabados,
Tudo o que foi. Tudo o que poderia ter sido. Tudo aquilo que ainda está para vir.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Miss u love


Dont act like you dont know me
Its still me i never changed
I'll be here when you come back

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

" É um adeus... Não vale a pena sofismar a hora! É tarde nos meus olhos e nos teus... Agora. O remédio é partir discretamente. Sem palavras. Sem lágrimas. Sem gestos. De que servem lamentos e protestos. Contra o destino? Cego assassino. A que nenhum poder limita a crueldade. Só o pode vencer a humanidade da nossa lucidez desencantada. Antes da iniquidade consumada, um poema de líquido pudor, um sorriso de amor. E mais nada."

Miguel Torga

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Sem ar

Meus pés não tocam mais o chão
Meus olhos não vêem minha direcção
Da minha boca saem coisas sem sentido
Você era meu farol e hoje tou perdido

O sofrimento vem à noite sem pudor
Somente o sono ameniza minha dor
Mas e depois? E quando o dia clarear?
Quero viver do teu sorriso teu olhar

Eu corro pro mar para não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar...

Perdi o jogo, tive que te ver partir
E minha alma sem motivo para existir
Já não suporto esse vazio quero me entregar
Ter você para nunca mais nos separar

Você é o encaixe perfeito do meu coração
O seu sorriso é a chama da minha paixão
Mas é fria a madrugada sem você aqui
Só com você no pensamento

Eu corro pro mar para não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o meu peito é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz...


Meu ar, meu chão é você
Mesmo quando fecho os olhos
Posso te ver...

(...)



(D'Black, Felipe Zero)







segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Olhos de mar


Os teus olhos são da cor do mar
O mar é salgado como as minhas lágrimas
Se as minhas lágrimas são salgadas como o mar
E o mar é da cor dos teus olhos,
Eu sei que tu fazes parte de mim tal como,
As lágrimas de quando choro me fazem lembrar
Como é salgado o mar e como os teus olhos são feitos de mar.

(um ano - 09/02/08 - praia da Gamboa/Peniche)

Para lá até, do eterno...


No princípio
Consome, corrói, destrói!
Depois...
Depois já nada mais importa...
O tempo vai passando... devagar...
E chega um dia
Em que já nada se sente
O que foi, já não o é
O que fora antes tão importante
Deixou de o ser
O que sabia a pouco
Dilui-se na espuma dos dias
Preenchidos
De silêncios partilhados
Estranhos e cúmplices
Silêncios estes
Que se agridem
Que se gritam
Naquela linguagem surda
Que mais ninguém entende
Cruzando-se no mesmo ar que respiramos
Sob a forma de ecos mudos
Estridentes sons agudos
Tão cheios de tudo
E de nada...
Passeia-se orgulhosa a indiferença
Apagando gestos e sorrisos antigos
Ternuras
Cumplicidades...
Que chega até a doer
De tão aparente e natural o ser
As bocas permanecem caladas
Ao longo dos dias
Das semanas
E dos meses
Que passaram a ser anos
Apenas o pensamento ficou
Intocável
Incontrolável
Por vezes enlouquecido
Lembrando-se do que não devia
Ousando saltar o muro
O imponente muro do orgulho
Desafiando o proibido
E arriscando um ensaio
De uma fala ainda não dita
E que jamais será proferida
Mas... ainda assim
Quem sabe num remoto acaso
Num momento de fraquezas consentidas
Num instante que rasgue
O fino e frágil véu do imprevisto...


Emoções

Hoje

Rasguei

O frágil muro do silêncio

Que me protegia dos olhos

do mundo...



Quebrei

As regras a que me tinha

imposto

No limite das minhas forças



Mas

Ainda me sinto fraca...

Por isso

Não esperem de mim

Grande coisa...



E sabes porque voltei?

Porque não aguentei

A minha própria ausência



É aqui que eu pertenço!

Ainda que este seja

Um mundo de faz de conta...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Deve ser..

Conta-me e eu esqueço.
Mostra-me e eu apenas me lembro.
Envolve-me e eu compreendo.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Onde está você agora?


"Ás vezes, no silêncio da noite eu fico imaginando nós dois..."

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Diz-me que acreditas.

“Sinto mais do que preciso, perco a voz ganho juízo.. e quem fui já não sou mais.”

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Pisar sinais. Largar razões.

"A conveniência do sorriso
E o planear do improviso
Que te fazem sentir maior.
Fios de mais a prender-te as cordas.
Riscos demais a estragar-me o quadro.
As voltas rectas na mesma esfera."



Já te perdias:
És do lado mau."

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

=)


"Olhas o mundo pela janela à procura da felicidade e desenhas um sorriso no vidro embaciado. Está a chover e o mundo está feio, não te importas. O mundo está depois do vidro e o vidro está a sorrir."

Impulsos

Gosto de querer dizer não, de sentir que sou capaz de ir contra a vontade do próprio coração para ensinar a mim mesma uma lição de dignidade. Vou… vou com lembranças de todos os momentos…

Chegas-te.

Olho-te.

Escondo o olhar.

Penso.

Sonho.

Fujo.

Quero fugir.

Mas a ideia vem novamente...

Que loucura! Não quero. Não posso.

Apetece-me lançar os braços,
agarrar algumas memorias…


Mas sempre será assim...

Chegas-te.

Olho-te.

Escondo o olhar.

Penso.

Sonho.

Fujo.

Quero fugir.




Deixa-me ir...

Esclarecimento


"Diz-me se ainda esperas encontrar o sentido
Mesmo sendo avesso a vê-lo em ti vestido:
E quando formos velhos
[Se um dia formos velhos]
Quem irá querer saber quem tinha razão?

Somos a fachada."

domingo, 19 de outubro de 2008

No silencio dos meus sentidos..'


"No silencio dos meus sentidos, sinto por vezes o pulsar do meu coração bater mais forte que o vento, uma rajada que passa e me deixa perdida numa qualquer forma do tempo. Imagino-me se pula-se e arrasta-se o tempo para o tempo em que tem todo o tempo do mundo, teria o tempo só para mim e seria dona dele a tempo inteiro, não é que eu já não seja dona do meu próprio tempo, mas teria tudo controlado e apenas deixaria passar o tempo que eu desejasse. O tempo é o tempo que tu queres que seja, és tu que o moldas, que o traças com um lápis de carvão, mas nem sempre a borracha é suficiente para apagar os traços mal desenhados, e ai só tens uma saída, aceitar o que rabiscaste e ser astuto, pegar no lápis e contornar os traços e seguir da melhor maneira, recordando os que desenhaste mal, para não voltares a cometer o mesmo erro."

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

...


No silêncio dos meus sentidos… espero por ti!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Sobretudo medo.


Olha-me,
Aperta-me.
Tira-me o frio,
Leva o medo.

Ouve o meu abraço.
Sente o meu silêncio.
Encontra o meu sorriso.

Dá-me.
Não me tires.
Agradeço.

Quero sentir.
Entrego-me primeiro.

sábado, 4 de outubro de 2008

Uma consciência elouquecida.


"O vazio.

O vazio e só a verdade do que não foste nem fizeste.

Os teus erros nas paredes em vez de quadros bonitos.

O tempo bordado a medo que te corrói de fora para dentro: primeiro ao que roubaste ao mundo e depois a ti, que te escondias atrás disso.

O que não fizeste vai atormentar-te para sempre.



O que não fizeste.

O que não deste.

O que já tinhas esquecido."

Monotone

"Antes de saíres arrumas à pressa o dia anterior para debaixo da cama.

Sentes-te longe.
Silenciosa de luz."

Tu.

"És uma contradição. Um negro no branco. Uma arranhadela no macio. Um roçar de braços na indiferença. Um abraço que se parou a meio. És o velho no novo, o desejo e a repugnância. Tenho-te a arder cá dentro, neste coração cada vez mais apertado. Há espaço para ti, tenta, há espaço… És a canção violenta no som romântico.


O que me magoa é que eu queria que tu fosses a minha contradição. Que tu fosses meu."

Por outras palavras

"E deixar-me devorar pelos sentidos
E rasgar-me do mais fundo que há em mim
Emaranhar-me no mundo e morrer por ser preciso
Nunca por chegar ao fim."

Sufoca-me no teu abraço


"A luz torna-se cada vez mais nítida, consigo ver-te através das sombras que ainda existem. O tempo passa e cegas-me cada vez mais, com o teu olhar penetrante. Tu, invades as sombras. Tu, a luz. Fazes com que a escuridão se torne brilhante, incandescente. Tomas o seu lugar e brilhas. Todos os traços de horror desaparecem apenas com a tua presença, o teu perfume. Tudo desaparece e tu tornas-te no tudo universal. Tu que invades os sótãos desabitados e fazes deles paraíso. És tu que brilhas e dás cor a este meu ser. Agarra-me e leva-me contigo. Sufoca-me no teu abraço e não me deixes olhar para trás."

domingo, 21 de setembro de 2008

Chuva


As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade



(Mariza)

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Diz-me se aprovas.

"Quando eu for alguém melhor vais a tempo de me avisar
Quando eu for digna de te ouvir aproveita pra me dizer
Quais os passos que devo dar
Se eu não for capaz de o ser, desiste."

Auto-percepção.

"Não é tanto a saudade que dói mas o remorso.
O remorso de todo o tempo perdido em nossa vida,
Coisas de antes e depois,
Coisas de nunca,
Palavras mudas para sempre,
Um gesto que sem remédio jamais teve destino,
O olhar que procura e nunca tem resposta.

O único presente verdadeiro é teres partido."

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

"até já" ou "até um dia"

Por fim descobri que não foi um "até já" mas sim um "até um dia"!

Acordar para a vida custa sempre, mas existe o dia que o temos de o fazer, é bom acreditar que por fim estamos livres de algo que nos prendia e sufocava à muito tempo. Mudar nunca é uma perda de tempo, (para sempre especial)!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

'e a minha boca mente...'

tento resistir a esta tentação
por mais que eu queira tenho de dizer que não
se entre nós não pode haver uma relação
não passa mais do que uma forte atracção
...


Primeira aparição a tua aparência deu boa impressão
mas a experiência é que a aparência é ilusão
a tua presença foi intensa e a minha intenção
era ensinar-te a não seres tão sensivel
ao mencionares a mão que te acarinha
o teu barão eu tenho a minha também
mas não resisto à tentação se não disseres a ninguém
isto é apenas atracção convinha sublinhar bem
antes de ultrapassar a linha que nos tem como amantes,
ok?
vieram noites de prazer e nunca foi preciso uma cama
grande robusta, beleza que custa a querer
que assusta até chama
o sentimento de alguém de quem sem crer se ama
mas eu já tenho a protecção nem vou matar a relação
que existe há buéda anos eu já tenho planos
enquanto a tela é triste ficamos tetris
sempre à procura do encaixe
é quando eu acho que só te amo da cintura para baixo
não leves a mal nada é pessoal
...

Meu Deus como pode ser tão bom esse mal que tu me
fazes
que me obriga a ir a jogo sem figuras nem ases
sabendo que não vou ganhar como nunca ganhei
sabendo que não consigo parar como nunca parei
como podem magras mãos ficar tão grandes assim
que as gentes esgravatar cabem dentro de mim
só pode ser verdade o que me conta a poesia
eu gosto de gostar e sinto a tua falta todo o dia
que posso eu fazer se me fazes tão bem/mal
desafiando as leis da gravidade, a minha moral
o prazer da tua carne tornou-se essencial
para a minha sanidade, física e mental
fatal fatalmente o coração sente
e a minha boca mente em ritmo desplicente
escrevo para ti em papel de carta
tinta preta como a cor dos meus cabelos
envoltos em tons de violeta
palavras que nunca direi à tua frente
aprendi a ser humano haveria eu de ser diferente?
eu só amo e não reclamo um prémio sem cautela
fechado numa cela sem chave nem janela
a coisa mais bonita deste planeta
beleza rara no meio de uma sarjeta
amor impossível como o Romeu e Julieta
ao menos sonho contigo e podes crer já não é cheta
não dá, não dá, não dá...

Eu sei e tu sabes que não podemos ficar juntos
não passa de uma atracção tentemos não ir mais fundo
ambos sabemos que não dá para termos uma relação
temos de nos afastar e esquecer esta paixão

no futuro nunca vai ser mais do que tentação para ele

tento resistir a esta tentação
por mais que eu queira tenho de dizer que não
se entre nós não pode haver uma relação
não passa mais do que uma forte atracção

Quero. Não Quero. Sinto. Não Sinto.


"Não queiras saber o que eu já pensei de ti
Na negação da tua ausência fui esgotando a minha lista
E o que eu ganhei
Tanto quanto sei
São noções pra viver sem ti."

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Come back.


Volta.

Olha-me mais uma vez, dá-me só mais um abraço, beija-me por um segundo que seja. Sorri-me em toda a nossa cumplicidade, mostra-me de novo esse paraíso no teu olhar. Enfeitiça-me ainda com esse perfume só teu, queima-me com os arrepios do teu toque. Faz-me rir, faz-me chorar, faz-me querer partir e não ir. Agarra-me, só para me largares no instante seguinte. Ri-te, chora - mas ri-te e chora comigo. Traz-me de novo sonhos pintados no céu, dá-me só mais uma vez a lua daquela noite, regressa para um único amanhecer apenas. Odeia-me, ama-me; permite-me amar-te, odiar-te, sentir todo um turbilhão demente de emoções. Ignora-me, ouve-me, desaparece e chama-me. Traz-me essa tua voz tímida só mais uma vez. Esquece-me, não me ames... mas volta.

Volta.

Difícil de entender

Triste é o virar de costas, o ultimo adeus
Despedir-me de ti, "adeus, um dia voltarei a ser feliz"

...e se ao menos tudo fosse igual a ti

Depois de algum tempo aprendes...


"Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. Acabas por aceitar as derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas de hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio caminho.

Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se te expuseres a ele por muito tempo. Aprendes que não importa o quanto tu te importas, simplesmente porque algumas pessoas não se importam... E aceitas que apesar da bondade que reside numa pessoa, ela poderá ferir-te de vez em quando e precisas de perdoa-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir a confiança e apenas segundos para destrui-la e que poderás fazer coisas das quais te arrependerás para o resto da vida. Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distancias. E o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobres que as pessoas com quem tu mais te importas são tiradas da tua vida muito depressa, por isso devemos sempre despedir-nos das pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprendes que as circunstancias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.

Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que podes ser. Descobres que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto. Aprendes que, ou controlas os teus actos ou eles te controlarão e que ser flexível nem sempre significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, existem sempre os dois lados.
Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática.

Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te empurre, quando cais, é uma das poucas que te ajuda a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiencia que tiveste e o que aprendeste com elas do que com quantos aniversários já comemoraste. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são disparates, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.

Descobres que só porque alguém não te ama da forma que desejas, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, poderás ser em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o consertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores. E aprendes que realmente podes suportar mais... que és realmente forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida! As nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderias conquistar, se não fosse o medo de tentar."

William Shakespeare

Palavras feitas.


"Palavras.

Estas, aquelas, as outras.

Sons de hoje que "desdizes" amanhã.

Frases feitas de quem não pensa que a emoção consome e a razão tantas vezes se dispersa.


Não venhas com meios-tons. Com cores aclaradas de um branco-sujo que esmagas com orgulho.


Hoje é um novo começo. É promessa.



...Não me chegues."

Meu Porto Seguro

És uma estranha nave que ancorou
junto ao cais de minha vida.
Viestes de longe de distâncias ignoradas.
Correstes solidões adormecidas.
E os ventos que te impeliram, já pararam.
As ondas remotas que sulcaste,
entre sargaços verdes e espumas brancas,
já desfaleceram...
e ficaram perdidas noutras noites.
E as estrelas sem fim que te iluminaram
Já perderam todo o brilho e se esconderam,
atrás de nuvens, que te tiraram tuas belas cores.
Viestes e te quedaste á sombra,
do meu silêncio...
E aqui sobre a água mansa e recolhida,
tu me és a sugestão indefinida de tudo.
De tudo em teu ser, que ficou distante
de minha vida.
E, quando me supões, mas ausente de ti,
de alma diluída,
na infecunda tristeza de mim mesma,
é quando mais te sonho...
Pois é...
Quanto mais mergulhada, estou
no teu mistério.
No teu mistério de nave de outros mares,
que ancorou junto ao cais de minha vida
e, que aos poucos foi se transformando.
Transformando-se , em meu porto seguro.
Sim, meu Porto Seguro...
de amor, carinho e felicidade.
LEINECY PEREIRA DORNELES

Uma História de Amor

Era uma vez uma ilha, onde moravam o amor e outros sentimentos. Um dia avisaram para os moradores desta ilha que ela ia ser inundada. Apavorado, o AMOR, cuidou para que todos os sentimentos se salvassem.
Ele então falou:
- Fujam todos, a ilha vai ser inundada.
Todos correram e pegaram nos seus barquinhos, para irem para outra ilha. Só o AMOR não se apressou, pois queria ficar um pouco mais com a sua ilha. Quando já estava quase se afogando, correu para pedir ajuda.
Estava a passar a Riqueza e ele disse:
- RIQUEZA leva-me contigo...
- Não posso, o meu barco está cheio de ouro e prata e tu não vais caber.
Passou então a Vaidade e ele pediu:
- Oh! VAIDADE leva-me contigo...
- Não posso, vais sujar o meu barco.
Logo atrás vinha a Tristeza.
- TRISTEZA, posso ir contigo?
- Ah! AMOR, estou tão triste que prefiro ir sozinha.
Passou a ALEGRIA, mas estava tão alegre que nem ouviu o AMOR chamar por ela. Já desesperado, achando que ia ficar só, o AMOR começou a chorar.
Então passou um barquinho onde estava um velhinho e ele então falou:
- Sobe AMOR, que te levo.
O AMOR ficou radiante de felicidade que até esqueceu de perguntar o nome do velhinho. Chegando a outra ilha onde estavam os sentimentos, ele perguntou à Sabedoria:
- SABEDORIA, quem era o velhinho que me trouxe aqui?
Ela então respondeu:
- O TEMPO
- O Tempo? Mas porque só o tempo me trouxe aqui?
- Porque só o Tempo é capaz de entender um grande AMOR.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Estranho.

Estranho não é sermos confrontados
Com algo que de facto desconhecemos
Mas com algo que não esperavamos
Do qual julgavamos conhecermos...

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Um mundo a construir... novamente.

"Re-definição de estruturas, formas e conceitos
Na procura incessante de movimentos perfeitos
Neste baile de máscaras onde toda a gente dança
E homem que baila por gosto às vezes perde a esperança
Agarro-me a ela – a tudo o que encerra
Tenho o verbo comigo
E uma alma que berra:
Novas estradas e força para as abrir,
Novos dias, e calma para os sentir."

Ponto zero.

"Ficou difícil
Tudo aquilo, nada disso
Sobrou o meu velho vício de sonhar
Pular de precipício em precipício.. Ossos do ofício!
Pagar para ver o invisível e depois enxergar
Vou tocando, relembrando, reabrindo a mesma velha ferida
E é para não ter uma recaída que não me deixo esquecer..

..Que é uma pena.


Mas você não vale a pena."

Medos de dentro.

- Eu só quis ser valente como tu!
- Eu só sou valente quando é preciso.
Ser valente não significa procurar sarilhos.
- Mas tu não tens medo de nada.
- Hoje tive.
- Tiveste?
- Sim. Pensei que te podia perder.

Palavra em branco.

"Há pessoas que ainda antes de sorrir já nos pertencem. Já lhe conhecemos a expressão dos olhos e os contornos suaves dos lábios, os caracóis rebeldes e a calma valsa das mãos sobre a mesa.

Despes-me.
Roubas-me a alma.
És o amor.

E o amor é uma palavra em
branco”

Crenças de um adeus inevitável

"E eu acreditava.

Acreditava, porque ao teu ladotodas as coisas eram possíveis.
Não temos já nada para dar.


Dentro de ti não há nada que me peça água.

E já te disse:


- as palavras estão gastas."

Promessas incumpridas

"Um dia disseste-me que não me deixavas ir embora. Que ias atrás de mim. Mas.. E agora? Porque me deixas-te ir embora? Soas-me a promessas incumpridas. Da próxima não me estendas a mão como quem estende todo o sentimento e confiança.



Da próxima..


...Se esse dia algum dia existir."

Pequenas grandes eternidades.

"Há momentos que nos ficam para sempre, que guardamos em segredo e no silêncio, para nada nem ninguém lhes poder tocar.

São só nossos.

A sua importância é incomensurável e por isso pertencem a outra dimensão. À dimensão rara e perfeita que se sente em certas músicas ou em tardes de Verão, em que nós somos mesmo nós e, apesar disso, conseguimos estar em paz."

Presença ausente.


"Deixa-me ser aquilo que és só para poder voltar. Não te chamo mais. Ainda que quisesse não saberia como fazê-lo.


Conheço-te o traço do rosto, das mãos, a profundidade do olhar e a sensibilidade do toque, mas desconheço-te o nome.


Quem sabe um dia tento uma palavra vulgar, um nome gasto, mas hoje não. Hoje és demasiado especial para perguntar-te algo tão banal como um amontoado de letras que se acredita poder definir alguém.


Por agora, fico apenas no silêncio esperando um ruído.


Passos.

Vozes.

Campainha.

Tu?"

Era uma vez uma morte interior


"Apostaste desde sempre em transmitir uma força que desencantas da mentira porque nunca a sentiste. Eu finjo que acredito nela.
Eu finjo que te escuto e te compreendo. Eu não falo, prefiro a mudez. Assim não me gritas nem me lesionas a alma.
É, eu gesticulo e aceno a cabeça com a maior naturalidade que encontro.
Escuto-te, incorporo-te, levanto-me e viro costas.



Nem me vês ir embora, e eu perdi o hábito de olhar para trás na esperança de me chamares e pedires a minha companhia."